Passeio matutino dominical sagrado: ir ao museu do Ipiranga... único lugar em que a Pink ainda gosta de passear. Depois de hoje, gostava!
Hoje não foi um passeio. Foi um desastre que testou o quanto eu posso ser rechaçada em público e continuar tentando, sendo perseverante.
Primeiro: não conseguia tirar a Pink de dentro do carro, em pleno estacionamento do museu. Eu tranquei ela no carro umas 4 ou 5 vezes e "fingi" que ia deixá-la presa no carro e a única reação que ela tinha era se deitar no banco do passageiro. Eu tentava tirá-la pela porta do motorista, ela se esquivava no banco do passageiro e vice-e-versa. A cena era catastrófica. Enfim, agarrei na coleira e soquei ela prá fora do carro, o que também não adiantou muito. Ela travou no chão de tal forma, que achei que arrancaria a coleira do corpo dela de tanto que eu puxava e... nada!
Quando consegui entrar no museu, cerca de 15 minutos depois, ela ficou horrorizada com as diversas atividades que lá aconteciam: caminhada do Hospital Ipiranga (com uns 2 caminhantes uniformizados e felizes!), carros de som, trio elétrico, estandes de água Lindóia (merchan básico!) e uma montagem de evento, bem na área onde andamos sem coleira e ela mais gosta.
Esta área, bem na entrada do museu, perto dos jardins, estava fechada então apenas rodeamos os jardins.
Os montadores, como ainda era cedo, estavam trabalhando em ritmo leeeento. Quando nós passamos, ou melhor, quando eu e a Jul passamos, tomamos o primeiro tranco do dia: a Pink travou. Não queria continuar andando de forma alguma. Pediu colo, virou de costas prá nós, de frente prá saída... ela só resolveu andar porque deu vontade de fazer xixi e aí ela queria procurar uma graminha.
A primeira parte do passeio foi 70% aos saltos mortais pedindo colo e 30% andando atrás de pessoas ou cães.
Resolvemos dar uma outra volta no mesmo caminho, já que imaginamos que a pista de cooper estava tomada pelos caminhantes do hospital.
Pronto! Chegamos no fatídico ponto onde os montadores trabalhavam em ritmo leeeento e pagamos mico mais uma vez. Mas desta vez foi uuma coisa federal: ela travou a ponto de desgastar as unhas de tanto puxar prá tráz. Um casal passou, riu prá mim e falou em alto e bom som:- 2 a zero pro cachorro!!! (conclusão: não riram prá mim e sim, de mim!!!).
Ela continuava travada. Uma coisa horrorosa. E nos intervalos entre travadas e sarros das pessoas, ela enroscava a guia em uma pata ou em volta do pescoço... ee mesmo manca ou enforcada, continuava a tentar sair daquele lugar que ela estava odiando.
Os montadores, com absoluta certeza, pensaram que eu não tinha a mínima habilidade para passear com a Pink, aquela doce cadelinha, com apenas 6kg, 20cm de altura e uma força empacativa, digna de uma mula arretada, daquelas nordestinas mesmo ! Essa cena durou cerca de 15 horas prá mim porque o suplício não acabava.
Isso que ainda estávamos correndo o risco de sermos bicadas pelo passarinho maldito do museu, com fama internacional de bicador maldito.
E prá piorar a situação, eu e a Jul ríamos tanto que a Pink chegava a me arrastar sentido portão do parque.
Mesmo neste sufoco todo ainda demos mais uma volta inteira nos jardins e só tive que pegar ela no colo umas 7 vezes!
Um comentário:
Nossa tinenem não era assim os passeios com o papai.... eram felizes e sempre pra frente...rsrs
Beijos
Saudades
Papai...
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